domingo, 28 de novembro de 2010

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Empresário brasileiro cria kit de diagnóstico barato e obtém reconhecimento da Organização Mundial da Saúde
Paratest reduz os 12 passos de um exame parasitológico de fezes para apenas um; anualmente são comercializados 2 milhões de unidades do produto por ano.

José Carlos Lapenna, 54 anos, formou-se em direito, mas foi no setor da saúde que obteve sucesso como empreendedor. O produto que o levou ao reconhecimento internacional foi um kit de diagnóstico parasitológico de fezes barato e eficiente, lançado em 2004, junto com sua empresa, a Diagnostek, de Itu (SP).

O projeto para seu produto, porém, começou a tomar forma bem antes, em 1985. “Eu era dono de um laboratório de análises clínicas e, na época, fui procurado por um médico que tinha uma ideia para um produto. Era uma versão incipiente do Paratest”, conta Lapenna. “Eu me interessei porque o kit proporcionaria a análise sem contato com as fezes e sem mau cheiro. Negociei com o médico e desenvolvi o projeto.”

Para chegar ao modelo final, foram necessários 22 anos de estudos e pesquisas, com alguns percalços no caminho. No início, o material necessário para a produção tornava o kit muito caro. Foi apenas em 2005, quando Lapenna vendeu sua parte no laboratório e abriu a Diagnostek, que o Paratest começou a ser comercializado. Ao todo, o empresário investiu R$ 2 milhões na fábrica de 1.800 m², nas máquinas e na produção inicial do kit. “Para lançar um produto na área de saúde você precisa apresentar provas fortes de que ele é de qualidade. E esse foi um dos passos difíceis”, afirma o empresário. “Precisávamos contar com pessoas de laboratórios de referência para testar o produto e nos dar o aval. Levou dois a três anos para que as pessoas ficassem seguras do produto. Mas esse período foi essencial para amadurecer e aperfeiçoar o kit.”

O Paratest possibilita diminuir o número de passos necessários para a realização de um exames de fezes. As 12 etapas dos procedimentos convencionais são reduzidas para somente uma. A estrutura compacta do kit permite ainda realizar os testes em locais remotos, e seu custo fica em torno de US$ 1. O produto foi considerado pela Organização Mundial da Saúde uma das oito tecnologias inovadoras disponíveis no mercado mundial, já que é acessível e adequado para uso em países de baixa renda.

Atualmente, a Diagnostek comercializa em média 2 milhões de kits por ano, com 1.500 clientes cadastrados. Até o fim de 2011, Lapenna espera aumentar esse total para 5 milhões de unidades.

MEDICAMENTOS EXIGEM CUIDADOS NO ARMAZENAMENTO

Cortar comprimidos, abrir cápsulas e não armazenar corretamente os medicamentos, além de descartá-los de maneira inadequada, podem trazer sérios danos à saúde e ao meio ambiente. , não se deve partir comprimidos ou abrir cápsulas, não só porque o usuário nunca poderá ter certeza na quantidade de medicamento que será ingerido, mas também porque existem muitos produtos de "liberação sustentada", ou seja, que liberam aos poucos as substâncias no organismo, às vezes até durante um dia inteiro. "Esses tipos de produtos jamais devem ser partidos, abertos e muito menos triturados ou mastigados, pois a absorção de maneira inadequada pode acabar prejudicando o tratamento do paciente. No caso de comprimidos sulcados, esta prática deve ser feita somente com o aval do médico". Um outro alerta é em relação ao reaproveitamento de medicamentos já abertos ou por outro membro da família ou em ocasião de recorrência da doença no mesmo paciente. "Os antibióticos, por exemplo, jamais devem ser reutilizados, mesmo que haja sobra nos vidros e frascos. Eles são eficazes sempre para um certo tipo de bactéria e é errado supor que o antibiótico de outra pessoa irá funcionar. Eles devem ser tomados até o fim, exceto quando o médico der instruções para parar". Já as embalagens, devem ser bem lavadas antes de ir para o lixo e, no caso dos vidros, devem ser reciclados. Também não se deve jogar seringas e agulhas no lixo. Eles devem ser entregues na farmácia mais próxima, que possui um lixo especial para resíduos, feito de papelão". A última orientação fica por conta do local adequado para armazenar medicamentos em cada. "Muita gente guarda remédios no banheiro. É o pior lugar da casa, pois os medicamentos devem ser guardados em local arejado, longe da umidade".


Novo fármaco para malária
Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos)da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) está desenvolvendo um novo produto farmacêutico para combater a malária.

O sal híbrido Mefas é um insumo farmacêutico ativo (IFA)resultante da combinação de duas substâncias: artesunato emefloquina. O novo fármaco está sendo desenvolvido em colaboração com o Centro de Pesquisa René Rachou (CPqRR)em Minas Gerais.

Atualmente, o Farmanguinhos produz o ASMQ, formulação em dose fixa combinada de artesunato e mefloquina, que é indicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para o tratamento da malária.

Segundo a Fiocruz, o Mefas é mais eficaz contra a malária do que os medicamentos artesunato e mefloquina, tanto usados separadamente como sob a forma do ASMQ.

Outra vantagem é que o novo fármaco causa menos efeitos colaterais – o sal híbrido não apresentou toxicidade mesmo quando utilizado em dose 100 vezes superior à necessária. Nos testes feitos em animais, o Mefas conseguiu curar a malária com metade da dose do ASMQ.

A Fiocruz já começou a realizar o estudo comparativo da biodisponibilidade, teste que avalia o grau de absorção da substância pelo organismo e sua disponibilidade no local de ação.

O próximo passo será encontrar um parceiro (empresa farmacêutica ou entidade financiadora internacional) que viabilize a realização dos estudos finais para se chegar ao produto registrado.

Após essa etapa, o fármaco será disponibilizado à população por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) e a outros países endêmicos, tal como ocorre com o ASMQ.

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